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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Longfellow fotografado por Julia Margaret Cameron em 1868

 

HENRY WADSWORTH LONGFELLOW

( U. S. A. )

 

(27 de fevereiro de 1807 - 24 de março de 1882) foi um poeta e educador americano cujas obras incluem " Paul Revere's Ride ", The Song of Hiawatha e Evangeline . Ele foi o primeiro americano a traduzir a Divina Comédia de Dante Alighieri e foi um dos poetas da Nova Inglaterra.

Longfellow nasceu em Portland, Maine , que ainda fazia parte de Massachusetts. Ele estudou no Bowdoin College e se tornou professor no Bowdoin e depois no Harvard College depois de passar um tempo na Europa. Suas primeiras grandes coleções de poesia foram Voices of the Night (1839) e Ballads and Other Poems (1841). Ele se aposentou do ensino em 1854 para se concentrar em sua escrita, e viveu o resto de sua vida na sede da Guerra Revolucionária de George Washington em Cambridge, Massachusetts. Sua primeira esposa Mary Potter morreu em 1835 após um aborto espontâneo. Sua segunda esposa Frances Appleton morreu em 1861 depois de sofrer queimaduras quando seu vestido pegou fogo. Após sua morte, Longfellow teve dificuldade em escrever poesia por um tempo e se concentrou em traduzir obras de línguas estrangeiras. Longfellow morreu em 1882.

Longfellow escreveu muitos poemas líricos conhecidos por sua musicalidade e muitas vezes apresentando histórias de mitologia e lendas. Ele se tornou o poeta americano mais popular de sua época e teve sucesso no exterior. Ele foi criticado por imitar estilos europeus e escrever poesias muito sentimentais.
 

TEXT IN ENGLISH – TEXTO EM PORTUGUÊS
Trad. de Francisco de Assis Vieira Bueno

 

MARQUES, Oswaldino.  Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos.   Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955;  300 p.
                                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

EVANGELINE

This is the forest primeval.     The murmuring pines and
the hemlocks,
Bearded with moss, and in garments green, indistinct in
the twilight,
Stand like Druids of old, with voices sad, and prophetic,
Stand like harpers hoar,  with beards that rests on their
bosoms.
Loud from its rocky caverns, the deep-voiced neighboring
ocean
Speaks, and in accents disconsolate answers the wail of
the forest.

This is the forest primeval; but Where arae the Hearts that
beneath it
Leaped like the roe, When he hears in the wood land the
voice of the huntsman?
Where is the thatch-roofed village, the home of Acadian
farmers, —
Men whose live glided on like rivers that water the
woodlands,
Darkened by shadows of earth, but reflecting na image
of heaven?
Waste are those pleasant farms, and the farmers Forever
departed!
Scattered lik dust and leaves, When the might blasts of
October
Seize them, and whirl them aloft, and sprinkle them far
o´er the ocean.
Naught bur tradition remains ofd the beautiful village of
Grand-Pré.

Ye who believe in affection tha hopes, and endures, and
is patient,
Ye who believe in the beauty and strenght of woman´s
devotion,
List to the mournful tradition still sung by the pinees of
the forest;
List to a Table of Love in Acadie, home of the happy.

 

THE QUADROON GIRL

The Slaver in the broad lagoon
Lay moored with idel sail;
He waited for the rising moon,
And for the Evening gale.

Under the shore his boat was tied,
And all her litless crew
Watched the gray aligátor slide
Into the still bayou.

Odors of orange-flowers, and spice,
Reached them from time to time,
Like airs that breathe from Paradise
Upon a world of crime.

The planter, under his roof ofd thatch,
Smoked thoughfully and slow;
The Slaver´s thumb was on the latch,
He seemed in haste to go.

He said, "My ship at anchor rides
In yonder broad lagoon;
I only wait the evening tide,
And the rising of the moon."

Before them, with her face upraised,
In timid atitude,
Like onde hal curious, half amazed,
A Quadroon maidenm stood,

Her eyes were large, and full ofl light,
Her Arms and neck were bare;
No garment she wore save a kirtle bright.
And her own long, raven hair.

And on her lips there played a smile
As holy, meek, and faint,
At lights in some cathedral aisle
The features of a saint.

"The soil is barren, — the farma is old."
The thoughful planter said:
Then looked upon the Slaver´s gold,
And then upon the maid.

His heart within him was at strife
With such accused gains:
For the knew whose passions gave her life,
Whose blood ran in her veins.

But the voice of nature was too weak,
He took the glittering gold!
Then pale as deatrh grew the maiden´s cheek,
Her hands as sicy cold.

The Slaver led her from the door,
He led her by the hand,
To be his slave na paramour
In a strange and distant land!



THE WAIF

The day is done, and the darkness
Falls from the wings of the Night
As a feather is wafted downward
From an Eagle in his flight.

I see the lights of the village
Gleam through the rain and the mist,
And a feeling of sadness come o´er me,
That my soul cannot resist;

A feeling of sadness and of longing,
That is not akin to pain,
Andj resembles sorrow only
As the mists remble rain.

Come, read to me some poem,
Some simple and heartfelt lay,
That shall soothe this restles feeling
And banish the thoughts of day.

No from grand old masters,
Not from the bards sublime,
Whose distant the corridors of time.

For, like strains of martial music,
Their mighty thoughts suggest
Life´s endless toil and endeavor;
And to-night I long for rest.

Read from some humbler poet,
Whose songs gushed from his heart,
As shower from the clouds of summer,
Or tears from the eyelids start;

Who through long days of labor
And nights devoid of ease,
Stilll heard in his soul the music
Off follows after prayer.

Then read from the treasured volume
The poem of thy choice,
And lend tro the rhyme of the poet
The beauty of thy voice.

And the night shall be filled with music
And the cares, that infest the day.
Shall fold their tents, like the Arabs,
And as silently steal away.



DAYBREAK

A widn came up out of the sea,
And said: "O mists, make room for me."
It hailed the ships, and cried, "Sail on,
Ye mariners, the nighty is gone."
And hurried landward for Away,
Crying.  "Awake! it is the day."
It said unto the forest, "Shout!"
Hang all your leafy banners out!"
It touched the wood-bird´s folded wing,
And said "O Bird awake and sing."
And o´er the farmas, !O chanticleer,
Your clarion blow; the day is near."
It whispered to the fields of corn,
"Bow down, and hail the coming morn."
It souted through the belfry-tower,
"Awake, O bell! proclaim the hour."
It crossed the churchyard with a sigh,
And said: "Not yet! nn quiet lie."

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

EVANGELINA
(Conto Acadiano)

INTRODUÇÃO

Esta é uma floresta primitiva.
Seus plangentes pinheiros, seus abetos,
Com verdes paramentos de folhagem,
Barbas de musgo e formas indecisas.
Parecem no crepusc´lo antigos druidas,
Com tristes vaticínios de profetas.
Ou menestréis harpistas, cujas barbas
Brancas e longas sobre o peito descem.
De seus rochedos fala cavernas
Com voz alta e profunda o mar vizinho.
E respondem em tom desconsolado
Os lúgubres lamentos da floresta.

Esta é a floresta primitiva.
Mas que é dos corações que palpitavam,
À sombra dela, como salta a corça
Que a voz ouviu do caçador nas selvas?

Onde os tetos de colmo estão da aldeia
Dos íncolas da Acadia, desses homens,
Cujas vidas corriam como os rios
Que as florestas regam, pelas sombras
Da terra escurecidos, sem que deixem
De refletir do céu uma imagem?
Arrasados! Banidos o seus donos!
Dispersos como as folhas, que de outubro
Os vendavais ao mar distante arrojam.
De Grand-Pré resta só a tradição.

Quem acredita em afeições que esperam
E resignadas sofrem; que existem
De mulher devoções firmes e belas,
A lutuosa tradição escute
Que inda os pinheiros na floresta cantam,
De amor história passada na Acadia,
Onde um povo feliz seus lares teve.

               Trad. de Franciscco de Assis Vieira Bueno



A MESTIÇA

O navio negreiro fundeava,
Ociosa a vela, na lagoa grande,
O despontar da lua ele esperava
E a fresca aragem, que a noitinha expande.

No bote preso à praia a marinhagem
E vãos lazeres com o olhar seguia
Um parado jacaré que entre a sarçagem
Deslisava na plácida baía.

De laranjais e bosque recendentes
Sentiam vago olor de quando em quando,
Como do paraíso auras nascentes
Sobre um mundo cheio do mal soprando.

O fazendeiro no palhal fumava
Bem de vagar e pensativamente;
Pôs o negreiro o polegar nas aldrava
Como quem sai precipitadamente.

Dizia ele: "Meu navio ancora
No lago grande, junto à herdade tua;
As maré da noitinha espero agora
E que desponte a peregrina lua.

À frente de ambos, com a face erguida,
Numa modesta e tímida postura,
Curiosa em parte, em parte espavorida,
Era a mestiça, virgem criatura.

Seus grandes olhos grande luz vertiam;
Seu colo e braços eram nus, — somente
Vistosa saia e carne lhe cobriam
E — cor de cor de corvo — a cabeleira ingente.

Um sorriso dos lábios lhe fugia,
Tão aéreo, tão meigo e divinal,
Qual semblante de santa que alumia
A nave de formosa catedral.

"A terra está cansada," o fazendeiro
Na antiga herdade pensativo diz;
E contemplava o ouro do Negreiro,
E contemplava as faces da infeliz.

No íntimo dele o coração lutava
Contra o ganho maldito, pois sabia
Que paixões deram nascimento à escrava
E que sangue nas veias lhe corria.

Mas a frouxa voz da natureza ouvindo,
Do ouro tomou, em peças sonorosas!
Palor de morte vela o rosto lívido
E esfriam, como neve, as mãos mimosas.

Leva o negreiro a trêmula menina
E a conduz pela mão avante, avante,
Para sua escrava e concubina
Numa estrangeira região distante!
 

 

O EXTRAVIADO

O dia findou-se e a noite
solta das asas a treva
como pluma desprendida
da águia que, em voo, se eleva.

Contemplo as luzes da aldeia
entre a chuva e a bruma e, triste,
um sentimento se apossa
da alma, que não lhe resiste.

Sentimento de tristeza
e anseio, não de pesar,
que só como a névoa à chuva
pode à dor se comparar.

Vem ler-me algum poema simples,
gemido do coração,
que afaste os cuidados diurnos
e acalme a inquieta aflição.

Não dos velhos grandes mestres,
dos bardos da excelsa glória,
cujo passo ecoa, eterno,
nos corredores da história.

Com o poder das marchas bélicas,
eles nos evocam à alma
a luta sem fim da vida,
e esta noite almejo a calma.

Lê canções de um poeta humilde,
brotadas do peito, tanto
como a chuva dentre as nuvens,
ou das pálpebras do pranto.

De alguém que, em noites insones,
e por laboriosos dias
ainda, na alma, ouve a música
de mágicas melodias.

Tais cantos podem dar calma
à aflita preocupação
descendo com uma bênção
que se sucede à oração.

De teu livro favorito
Lê o poema que amas, após,
casando às rimas de um poeta
a beleza da tua voz.

A noite encher-se-á de música
e os cuidados de presente,
dobrando as tendas quais nômades,
fugirão, silentemente.

                   

                 Tradução de Milton Amado

 

MADRUGADA

Ergueu-se o vento sobre o mar de espumas
E disse: — Abrí caminho, densas brumas!"
Saudando as naus, ele exclamou: — "Dar velas!
Marujos, vêde! Fogem as estrelas."
Seguindo rumo à terra, em correria,
Bradou: — "Desperta! que aí vem o dia."
Às selvas sussurrou, qual branda aragem:
— "Farfalha! vossa viride folhagem!"
Tocando na asa, disse à passarada:
— "Desatai vossa loa à madrugada!"
E no terreiro, despertando o galo
— "Não tarda o sol, compete a ti louvá-lo!"
Ao trigal murmurou: — "Inclina a fronte,
Que a manhã vem surgindo no horizonte!"
Arrojando-se, disse ao campanário
— "Bimbalhai, bimbalhai o vosso horário!"
E, baixando por sobre o cemitério:
— "Seu dia há de chegar — em paz, espere-o!

                   Tradução de Pedro de Aratanha

 

*



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Página publicada em junho de 2027

 

 

 
 
 
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